Porquê a grande Europa não consegue vingar?

Este sonho nunca conseguiu tornar-se realidade e agora parece estar, de novo, muito comprometido com a invasão da Ucrânia pela Rússia e pelas proporções e as desgraças que esta guerra incompreensível já causou. Embora tenha sido um entusiasta deste sonho, não sei, mesmo se tudo voltasse à estaca zero, se seria possível recuperá-lo. As coisas teriam que mudar 360 graus de um lado e de outro e, sobretudo, exigiriam mais verdade e justiça, mais humanidade no comportamento dos políticos ao mais alto nível dos povos europeus que parece não ter acontecido até agora. A razão de todo este fracasso talvez seja o facto de a Rússia ser demasiado grande, de dispor de um enorme poder nuclear e aspirar continuar a ser uma grande potência mundial a par dos Estados Unidos e da China.É certo que a esperança é a última coisa a morrer e que acontecimentos, como o sismo que aconteceu na Turquia e na Síria veio despertar ainda que, com enorme violência e perdas devastadoras materiais, humanas e culturais, o sentimento de humanidade que a guerra da Ucrânia todos os dias está a tentar fazer esquecer com a ocorrência de sismos quotidianos sobre as populações, as vidas das pessoas e dos seus bens, à ordem de decisões insensatas e cruéis. Situações como estas não podem continuar nem ser permitidas pelo ser humano a este nível de civilização e de cultura já que as que são provocadas pelas forças da natureza ainda não estão ao seu alcance embora possam ser minorados os seus efeitos se não forem descuradas as possibilidades que a ciência e tecnologia já hoje colocam ao seu dispor. Talvez, a esta luz, ainda possamos continuar o sonho de uma grande Europa, apesar de, neste momento, estar bastante mais longe e precisar de políticos mais determinados e com uma outra visão do mundo, da realidade e dos verdadeiros poderes em que foram investidos pelos seus povos.